INFERTILIDADE POR TROMPAS
OBSTRUÍDAS:
COMO TRATAR???
INFORMAÇÕES
SOBRE A HIDROTUBAÇÃO:
A infertilidade de causa tubária é responsável pela maioria dos
casos de infertilidade, e pode ser a raiz de muitos casos com diagnóstico
indefinido. A obstrução das trompas é responsável pela maioria desses casos.
Muitas pacientes com diagnóstico de Ovários Policísticos, e que iniciam o seu
tratamento com clomid ou similar, podem estar perdendo o seu precioso tempo e
seus preciosos óvulos, se não investigarem se suas trompas se encontram sadias.
Na verdade, o tripé da investigação de infertilidade deve se iniciar sempre com
a pesquisa da ovulação, dos espermatozóides, e exame para investigar a
permeabilidade tubária. Um médico não consegue avaliar as condições das trompas
somente através de uma ultrassonografia transvaginal, ou exame interno. O
diagnóstico de obstrução das trompas é feito através do exame radiográfico
chamado de HISTEROSSALPINGOGRAFIA.
As trompas são estruturas tubulares que partem do útero em direção
aos ovários, e se alargam em suas extremidades formando uma região chamada
ampola, e é lá que o espermatozóide fertiliza o óvulo, formando o ovo, futuro
embrião.
Na extremidade de cada ampola, existem estruturas que mais parecem
com uma “mãozinha”, e que são responsáveis por pegar o óvulo no momento certo da
ovulação, chamadas fímbrias.
as fímbrias
o
ovo sendo conduzido pelos cílios dentro da trompa
A trompa não funciona somente como um tubo onde o ovo deslizará do
ovário até o útero. O interior da trompa é todo recoberto por uma camada de
cílios microscópicos que batem em direção ao útero, ditando o ritmo em que o
ovo deve caminhar até o útero.
cílios
dentro da trompa
Se o ovo for depressa demais, pode gerar um aborto, e se for
devagar demais, uma gravidez na trompa. Geralmente os quadros inflamatórios nas
trompas destroem esses cílios. Por isto que no passado não adiantaram as
tentativas de desentupir as trompas com ar sob pressão, e também não houve
sucesso quando tentada a desobstrução com soro fisiológico e antibiótico sob
pressão. O que acontece é que o tratamento tem que ser com remédios específicos, uma ação QUIMICA, e não através de força, uma
ação MECÅNICA.
A Hidrotubação é um método de tratamento ginecológico para os
casos de OBSTRUÇÃO TUBÁRIA (DAS TROMPAS). A Hidrotubação veio substituir um método antigo, doloroso e
arriscado, chamado PERSUFLAÇÃO TUBÁRIA, que consistia na insuflação das trompas
com gás carbônico, injetando pressão através do útero, o que causava acidentes
graves com ruptura das trompas e hemorragia interna!
Com a descoberta das PENICILINAS nos anos 40, houve uma “chuva” de
indicações para o uso do novo remédio milagroso, que salvou muitas vidas, mas
injetado no útero pouco acrescentou no tratamento das obstruções tubárias.
Hoje com medicamentos mais modernos e potentes observamos o espaço
importante que a HIDROTUBAÇÅO ocupa no tratamento da infertilidade de causa
tubária.
O método caiu em desuso nos anos 90, com a chegada da Fertilização
“in vitro” (FIV), prometendo milagres que hoje sabemos serem inferiores a 20%
de gestações viáveis. Neste período os planos de saúde pagavam valores
irrisórios ao método de HIDROTUBAÇÃO, tornando impraticável seu uso em
consultório, prejudicado também pelo ínfimo número de Faculdades de Medicinas
que ensinavam o método. Hoje, 20 anos depois, tratamento somente particular, e ensino do método nas faculdades de medicina, nem pensar.
O método da HIDROTUBAÇÃO, consiste na aplicação por via vaginal,
semelhante ao exame de histerossalpingografia, de medicamentos que irão atuar
no útero e nas trompas. Não conseguimos sucesso em todas as pacientes com este
método, pois a cura vai depender do tipo de obstrução existente nas trompas.
Existem três tipos de obstrução e
são divididas assim:
Aderência fugaz –
aderência (obstrução) que impede a gravidez, mas a inflamação não lesou o
epitélio interno das trompas, ou seja, os
cílios não foram destruídos, e a obstrução se desfaz com a pressão do
contraste utilizado no exame de histerossalpingografia. Isto explica os casos
de gestações que acontecem nos meses logo após os exames de
histerossalpingografias ditos “normais”. Mais um motivo para que se peça a HISTEROSSALPINGOGRAFIA
na investigação dos casos de infertilidade.
Aderência frouxa –
aderência que não se desfaz com a ação
mecânica da pressão exercida no exame de histerossalpingografia, mas pode
ser revertida com o uso da enzima e da cortisona contida na hidrotubação.
Nestes casos, o tecido inflamatório é frouxo permitindo a ação da enzima e da
cortisona. Já existe dano do epitélio no interior das trompas com comprometimento
dos cílios, que podem se regenerar, pois a cortisona regride o processo inflamatório
retardando a reparação, reduz a produção de anticorpos no local, permitindo a
ação das células de regeneração da
membrana basal, dando chance a regeneração dos cílios.
exemplo de aderência frouxa
exemplo de aderência frouxa
Aderência firme ou
densa – aderência como sequela de processo inflamatório que gerou tecido de reparação denso, rico em fibrina
e tecido conjuntivo denso, não sendo suscetível a ação da enzima ou da
cortisona.
O diagnóstico do tipo de aderência exige a retirada do órgão (da trompa) para exame histopatológico. Mas se retirar a trompa, impossibilita a tentativa de tratamento.
Dessa maneira, o tratamento com a HIDROTUBAÇÃO deve ser sempre instituído, ficando os
casos de insucessos caracterizados como aderências firmes ou densas.
Nesses casos indicamos a FERTILIZAÇÃO IN VITRO como única saída.
Não existem relatos de alergias aos medicamentos usados na
hidrotubação. A contra-indicação principal para a hidrotubação é o sangramento
vaginal, mesmo que pequeno ou em “borra de café”, nos dois dias que antecedem a
aplicação. É importante que as aplicações sejam feitas em sequência e semanais,
de preferência entre dois períodos menstruais. È contra-indicado um intervalo
inferior a sete dias pois as drogas utilizadas são potentes e de ação lenta, e
não podem se acumular no organismo.
Não existe risco de uma nova infecção das trompas com o uso do
método, visto que utilizamos também um antibiótico potente contra germes da
pelve junto com a medicação, além dos cuidados de assepsia e antissepsia
exigidos nestes tipos de procedimentos. A Hidrotubação é um método simples,
efetivo, seguro, não invasivo, e barato, principalmente quando comparada com a
Fertilização “in vitro”(FIV). Não é 100%, mas tem proporcionado a realização de um sonho
para muitos casais. Esse procedimento deve ser recomendado a todas as pacientes
com diagnóstico de Trompas Obstruídas e infertilidade.
Infecção, infecção, infecção
Não engravida: infecção no casal?
Doença nas trompas: infecção no casal?
Gravidez na trompa: infecção no casal?
Abortamento no primeiro trimestre: infecção no casal?
Baixa de espermatozóides: infecção no casal?
Prostatite assintomática: infecção no casal?
Estes são os vários casos que encontro em meu consultório, e resulta sempre numa mesma pergunta: existe infecção no casal?
Atualmente, e não me cansarei de alertar, o único exame fiel para este diagnóstico é a ESPERMOCULTURA POR PCR COM VISTAS PARA NEISSERIAS, CHLAMYDIAS, UREAPLASMAS, MYCOPLASMAS, E TRICHOMONAS.
Só conheço um profissional realizando este exame no Brasil, lembrando que não é um exame novo, preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde 2006 !
Tratar ovários policísticos, hipotireoidismo, hipoestrogenismo, fase lútea curta, etc, sem pesquisar infecção no casal através da espermocultura por PCR e a permeabilidade e saúde das trompas através da Histerossalpingografia, pode ser perda de tempo precioso para o casal.
Tratar o abortamento do primeiro trimestre apenas como ovopatia (doença do embrião malformado), nos dias de hoje, é “comer mosca”.
A liberdade sexual e a banalização do contato sexual sem proteção, como uma coisa corriqueira e de prazer momentâneo, trouxe uma série de consequências para a fertilidade humana. No meu ver existe um problema de saúde pública com relação as doenças sexualmente transmissíveis. Saudade da gonorréia, como diria o Professor Altamiro Vianna, doença rica em sintomas, que levava rapidamente o casal ao médico, permitindo o tratamento e a cura do casal.
Hoje em dia, na maioria das vezes causadas por mycoplasmas ou ureaplasmas, a infecção é assintomática, e desastrosa com o passar dos anos no organismo humano. Como explicamos, estes germes podem permanecer no organismo humano por mais de 20 anos, sem sintomas. O contágio é sexual, e pode ser adquirido na adolescência e descoberto na vida adulta. O tratamento se faz por antibióticos orais, por período de 21 a 28 dias de uso para o casal. Com este tratamento as lesões no homem regridem de 120 á 180 dias. Na mulher, a coisa é diferente.
As lesões provocadas no interior das trompas, leia destruição dos cílios internos, pode se regenerar, desde que tratada com enzimas e hormônio antinflamatório através da Hidrotubação, estímulo que permite a regeneração do epitélio ciliar, desde que ainda exista a membrana basal. As imagens de espessamento do relevo mucoso vistos na Histerossalpingografia são sinais de alteração deste epitélio, mas não servem de parâmetro para a cura.
Com o método de Hidrotubação observamos 2/3 das pacientes desobstruindo pelo menos uma das trompas, e das tratadas, 1/3 engravidando no período de 2 meses a 02 anos, valendo lembrar que são dados estatísticos, e não foram apurados num grupo de seis pessoas no whattsapp!
Fica aqui o alerta, e o depoimento de um profissional do ramo há 30 anos.
dúvidas: docandrevaz@gmail.com
“Hydrotubation is simple, effective, safe, non invasive, and
cheap. This procedure should be recomended in all patients with
diagnosis of blocked fallopian tubes and infertility .“
Dr. André Vaz
Dr. André Vaz
08/07/2017
UNIMED - BRADESCO SAÚDE - PARTICULAR
Rua da Conceição, 188 – sala 804 – Niterói Shopping – Centro – Niterói - RJ
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Informações pelo TELEFONE CENTRAL: (21) 2603-8679 e celulares:
VIVO (21) 99680-0374
Oi (21) 98878-5136
CLARO (21) 96803-4913
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Descobri recentemente ainda estou tentando entender por q qconteceu isso com migo,honde umas das minhas trompas estar com poblema,sera q nao tem remédio pra isso sem presisar fazer sirurgia?
ResponderExcluirNeilza, procure se informar sobre a hidrotubação para o seu caso.
ExcluirLeia em: http://drandrevaz.blogspot.com.br/2014/07/trompas-obstruidas-como-tratar.html