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                                                                                                  Hidrotubação - medicamentos na seringa

                                                                    

Os mais de duzentos e vinte e cinco mil acessos ao meu blog, mais de cento e cinquenta acessos diários, me fazem continuar por este caminho.

Um blog de assunto tão específico, falando APENAS de reversão da laqueadura tubária e do método de hidrotubação, para tratar a infertilidade de causa  tubária, com essa frequência, tem que ser preservado.

A falta de conhecimento dos ginecologistas, falo daqueles que nunca sequer seguraram uma cânula de hidrotubação na mão, ou tiveram contato com uma paciente que tenha sido tratada dessa maneira em sua escola médica, levou o método ao esquecimento.

Existem SIM, trabalhos científicos recentes (2009) falando do sucesso com o método, e sua indicação nos casos de trompas obstruídas de causa inflamatória (vide link - http://drandrevaz.blogspot.com.br/2013/09/artigo-sobre-hidrotubacao-para-orientar.html?showComment=1381276522357).

 

cânulas de hidrotubação - design exclusivo, fabricação própria

Hoje, em meu consultório, quase todos os casos são de trompas obstruídas, e posso afirmar o quanto é importante a tentativa com a hidrotubação, pois dois terços das pacientes são beneficiadas.

Deixo a fertilização in vitro (FIV) para os casos resistentes a hidrotubação, MAS, tenho várias pacientes que já fizeram a fertilização in vitro, sem sucesso, e depois, engravidaram após o tratamento com a hidrotubação. E aqui tenho que fazer um alerta: TODAS que vieram de clínica de fertilização, sem sucesso na implantação do embrião, tinham seus maridos contaminados pelo Ureaplasma urealyticum ou Mycoplasmas, apesar do exame de espermocultura realizados nessas clínicas terem dado NEGATIVO.

Assim aprendi, sem espermocultura por PCR, não se investiga corretamente a causa da trompa obstruída. Sendo assim, se pode tratar a causa (a infecção), e também as sequelas (trompas obstruídas) pela hidrotubação. Escrevendo assim parece fácil, mas nesse momento existem casais desesperados, pois já tentaram de tudo, ou quase tudo, e nada, desconhecendo a hidrotubação como alternativa.

Como este trabalho não é de hoje, vejo surgindo novos profissionais praticando o método em outros estados, e sou questionado constantemente sobre as medicações e intervalos entre as aplicações. O que posso responder é que tem que existir um fundamento científico na escolha das medicações e na forma de se aplicar. Se isto for alterado, não se conseguirá o êxito.

As cânulas de metal não são mais comercializadas, e a que o mercado oferece (plástico descartável) em substituição, para mim, é impraticável, pois perdemos o parâmetro quanto a pressão exercida na injeção intra-uterina dos medicamentos. O uso adaptado da sonda de foley, usada para bexiga, é assustador, pois o balão inflado dentro do útero causa sangramento e o consumo de toda hialuronidase injetada, prejudicando o método. As cânulas de uso atual, foram redesenhadas anatomicamente, e fabricadas artesanalmente, por profissional do ramo.

Aqui cabe uma tese de doutorado divulgando o método de hidrotubação no Brasil. Nosso país pode contar com a tecnologia de ponta, mas não podemos abandonar o que é simples, barato, e eficiente. Tenho atendido pacientes de quase todos os estados do Brasil, a aproveito para agradecer a confiança depositada no meu trabalho, e a disposição de se locomoverem de longe para este fim (http://drandrevaz.blogspot.com.br/2015/03/como-chegar-no-consultorio-do-dr-andre.html).

Outro assunto é a reversão da laqueadura das trompas ou a chamada recanalização tubária, e mais uma vez a fertilização in vitro como “primeira escolha”. A cirurgia de reversão tem que ser feita com técnica microcirúrgica (https://www.youtube.com/watch?v=dRsChdcmkhY), e nas minhas pacientes, hidrotubação logo no décimo dia do pós-operatório, observando um aumento significativo dos casos de desobstrução pós-cirúrgica seguida de gravidez. Para as mulheres que escutaram que a cirurgia não tem bons resultados segue um trabalho científico que estudou durante trinta anos os casos pós- cirúrgicos e seus resultados positivos (http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v30n6/05.pdf), sem esquecer que a fertilização in vitro (FIV) só garante 15% de gravidez á termo.

Aproveito para agradecer a confiança depositada em meu trabalho, principalmente as pacientes oriundas de outros estados do Brasil, e algumas do exterior, que se deslocam de longe em busca de alguma esperança. Leiam os depoimentos das pacientes já tratadas, e que reconhecem a recompensa de sua coragem e disposição.

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