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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Como tratar TROMPAS OBSTRUIDAS ???


                    COMO TRATAR TROMPAS OBSTRUIDAS???


Venho observando no tratamento dos casos de Obstrução das Trompas, uma confusão de conduta, que gostaria de explanar. Ao se deparar com esse diagnóstico, a primeira reação natural é questionar como desobstruir. Mas o que causou essa obstrução? Afastada a endometriose, que não vêm á ser a grande vilã nesses casos, nos deparamos com um quadro de sequela, proveniente de um processo inflamatório-infeccioso. A questão é: esta sequela é de uma de uma infecção passada, curada, ou de uma infecção ainda ativa? A leiga, o leigo, pensa que infecção significa ter sintomas, o que não é sempre uma verdade. A figura do portador são, têm dado trabalho aos médicos. Já tratei de casos de obstrução de trompas, com sucesso no tratamento, mas vi essas mesmas  pacientes sem conseguirem engravidar, mesmo com as trompas desobstruídas. Insistindo no fato da HIDROTUBAÇÅO ser um tratamento importante nos casos de trompas obstruídas, permitindo a regeneração dos cílios internos das trompas, continuamos á investigar o casal, agora com técnicas mais modernas de investigação para infecção por bactérias, principalmente se feita no esperma do marido ou parceiro sexual. O que aconteceu foi o que pensávamos, a infecção, na maioria dos casos das pacientes que não conseguiam engravidar com suas trompas já desobstruídas, ainda se encontrava ativa, e positivada no exame de investigação do marido ou parceiro sexual. Aos médicos? Não continuem acreditando que a DOXACICLINA ou a AZITROMICINA vai debelar a infecção, por que vão estar “comendo mosca”. O exame de investigação no esperma tem que vir acompanhado de antibiograma, pois quinolonas e tianfenicol estão sendo uma salvação! Casais que realizaram Fertilização in vitro, e tiveram suas esperanças frustadas, e que compareceram para Hidrotubação, apresentaram exames de espermograma ditos “normais”, mas que depois de investigados á fundo, tiveram suas surpresas, com diagnóstico de infecção, creditando á esse fato, o insucesso da gravidez, pois a infecção está no casal, e não em um, ou no outro. Estamos preparando uma casuística envolvendo o relato acima, para fundamentar outras formas de abordagem médica, visando melhor tratar nossas pacientes. Talvez, a adoção da investigação do esperma, com ESPERMOCULTURA, COM ESTUDO BACTERIOLOGICO, E PCR, COM VISTAS PARA NEISSERIAS, MYCOPLASMAS, UREAPLASMAS, E CHLAMYDIAS, para TODOS os parceiros de pacientes portadoras de Infertilidade de Causa Tubária, possa ser um caminho. Tenho adotado essa rotina em meu consultório, e colhido bons frutos.
O PCR constitui o mais avançado método de diagnóstico e pesquisa com garantia de resultados sem problemas de falso positivo ou negativo. A reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain Reaction) ou PCR, é a técnica que permite a ampliação do DNA ou RNA in vitro, utilizando uma reação enzimática catalisada pela enzima polymerase. O uso do PCR permite aumentar a sensibilidade dos testes laboratoriais em mais de mil vezes, levando a um grau de precisão antes impossível de detectar no diagnóstico e prognóstico dos campos da microbiologia, oncologia, imunologia, hematologia e genética. A técnica possibilita a análise de uma doença infecciosa viral, bacteriana ou parasitária, pesquisa de mutações, e até na identificação de parentescos na área forense.
Mas, no nosso caso, não adianta pesquisar através do PCR  no sangue da mulher. A pesquisa feita no esperma masculino garante um universo mais completo, para o que estamos á pesquisar.
Termino aqui, dizendo que, como questionam a maioria das pacientes inférteis de causa tubária, não é verdade que só exista uma saída como tratamento, e esta saída seja somente a Fertilização in vitro. Como vejo, há anos, a HIDROTUBAÇÅO  é uma alternativa viável, mas tenho insistido nos casos relatados acima, e me empenhado para aprimorar a abordagem do casal, e a instituição de um tratamento mais assertivo, minucioso, natural, e mais perto da realidade econômica do nosso país.
               
                                                                                     Dr. André Vaz

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Um comentário:

  1. Olá Dr. André, moro em São Paulo já fiz duas histero que confirmaram a obstrução das trompas. Pesquisando sobre a desobstrução fiquei sabendo da HIDROTUBAÇÃO, que me deixou muito esperançosa, pois não tenho recursos pra fazer a cirurgia(que não dá garantia nenhuma) e muito menos tentar FIV. Vou voltar ao G.O. agora em janeiro e pretendo falar disso com ele, porém fico com receio da reação dele. Se puder me orientar em como argumentar agradeço.
    Att.
    Solange.

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