COMO TRATAR TROMPAS OBSTRUIDAS???
Venho observando no tratamento dos casos de Obstrução
das Trompas, uma confusão de conduta, que gostaria de explanar. Ao se deparar
com esse diagnóstico, a primeira reação natural é questionar como desobstruir.
Mas o que causou essa obstrução? Afastada a endometriose, que não vêm á ser a
grande vilã nesses casos, nos deparamos com um quadro de sequela, proveniente
de um processo inflamatório-infeccioso. A questão é: esta sequela é de uma de
uma infecção passada, curada, ou de uma infecção ainda ativa? A leiga, o leigo,
pensa que infecção significa ter sintomas, o que não é sempre uma verdade. A
figura do portador são, têm dado trabalho aos médicos. Já tratei de casos de
obstrução de trompas, com sucesso no tratamento, mas vi essas mesmas pacientes sem conseguirem engravidar, mesmo
com as trompas desobstruídas. Insistindo no fato da HIDROTUBAÇÅO ser um
tratamento importante nos casos de trompas obstruídas, permitindo a regeneração
dos cílios internos das trompas, continuamos á investigar o casal, agora com
técnicas mais modernas de investigação para infecção por bactérias,
principalmente se feita no esperma do marido ou parceiro sexual. O que
aconteceu foi o que pensávamos, a infecção, na maioria dos casos das pacientes
que não conseguiam engravidar com suas trompas já desobstruídas, ainda se
encontrava ativa, e positivada no exame de investigação do marido ou parceiro
sexual. Aos médicos? Não continuem acreditando que a DOXACICLINA ou a AZITROMICINA
vai debelar a infecção, por que vão estar “comendo mosca”. O exame de
investigação no esperma tem que vir acompanhado de antibiograma, pois
quinolonas e tianfenicol estão sendo uma salvação! Casais que realizaram
Fertilização in vitro, e tiveram suas esperanças frustadas, e que compareceram
para Hidrotubação, apresentaram exames de espermograma ditos “normais”, mas que
depois de investigados á fundo, tiveram suas surpresas, com diagnóstico de
infecção, creditando á esse fato, o insucesso da gravidez, pois a infecção está
no casal, e não em um, ou no outro. Estamos preparando uma casuística
envolvendo o relato acima, para fundamentar outras formas de abordagem médica,
visando melhor tratar nossas pacientes. Talvez, a adoção da investigação do esperma,
com ESPERMOCULTURA, COM ESTUDO BACTERIOLOGICO, E PCR,
COM VISTAS PARA NEISSERIAS, MYCOPLASMAS, UREAPLASMAS, E CHLAMYDIAS, para TODOS
os parceiros de pacientes portadoras de Infertilidade de Causa Tubária, possa
ser um caminho. Tenho adotado essa rotina em meu consultório, e colhido bons
frutos.
O PCR constitui o mais avançado método de diagnóstico e pesquisa com
garantia de resultados sem problemas de falso positivo ou negativo. A reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain
Reaction) ou PCR, é a técnica que permite a ampliação do DNA ou RNA in vitro,
utilizando uma reação enzimática catalisada pela enzima polymerase. O uso
do PCR permite aumentar a sensibilidade dos testes laboratoriais em mais de mil
vezes, levando a um grau de precisão antes impossível de detectar no diagnóstico e prognóstico dos campos da
microbiologia, oncologia, imunologia, hematologia e genética. A
técnica possibilita a análise de uma doença
infecciosa viral, bacteriana ou parasitária,
pesquisa de mutações, e até na identificação de parentescos na área forense.
Mas, no nosso caso, não adianta pesquisar através do
PCR no sangue da mulher. A pesquisa
feita no esperma masculino garante um universo mais completo, para o que
estamos á pesquisar.
Termino aqui, dizendo que, como questionam a maioria
das pacientes inférteis de causa tubária, não é verdade que só exista uma saída
como tratamento, e esta saída seja somente a Fertilização in vitro. Como vejo,
há anos, a HIDROTUBAÇÅO é uma
alternativa viável, mas tenho insistido nos casos relatados acima, e me
empenhado para aprimorar a abordagem do casal, e a instituição de um tratamento
mais assertivo, minucioso, natural, e mais perto da realidade econômica do nosso
país.
Dr. André Vaz
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Olá Dr. André, moro em São Paulo já fiz duas histero que confirmaram a obstrução das trompas. Pesquisando sobre a desobstrução fiquei sabendo da HIDROTUBAÇÃO, que me deixou muito esperançosa, pois não tenho recursos pra fazer a cirurgia(que não dá garantia nenhuma) e muito menos tentar FIV. Vou voltar ao G.O. agora em janeiro e pretendo falar disso com ele, porém fico com receio da reação dele. Se puder me orientar em como argumentar agradeço.
ResponderExcluirAtt.
Solange.