Páginas

quarta-feira, 19 de março de 2014

TRATAMENTO PARA TROMPAS OBSTRUIDAS ("TROMPAS ENTUPIDAS")

                    INFERTILIDADE POR TROMPAS OBSTRUÍDAS:
                                           COMO TRATAR???

INFORMAÇÕES SOBRE A HIDROTUBAÇÃO:


A Hidrotubação é um método de tratamento ginecológico para os casos de OBSTRUÇÃO TUBÁRIA (DAS TROMPAS). O diagnóstico de obstrução das trompas é feito através do exame radiográfico chamado de HISTEROSSALPINGOGRAFIA.
A Hidrotubação veio substituir um método antigo, doloroso e arriscado, chamado PERSUFLAÇÃO TUBÁRIA, que consistia na insuflação das trompas com gás carbônico, injetando pressão através do útero, o que causava acidentes graves com ruptura das trompas e hemorragia interna!
Com a descoberta das PENICILINAS nos anos 40, houve uma “chuva” de indicações para o uso do novo remédio milagroso, que salvou muitas vidas, mas injetado no útero pouco acrescentou no tratamento das obstruções tubárias, pois os germes responsáveis pelas obstruções tubárias, não são sensíveis á penicilina.

Hoje com medicamentos mais modernos e potentes observamos o espaço importante que a HIDROTUBAÇÅO ocupa no tratamento da infertilidade de causa tubária.
O método caiu em desuso com a chegada da Fertilização “in vitro” (FIV), prometendo milagres que hoje sabemos serem inferiores a 20% de gestações viáveis. Neste período os planos de saúde pagavam valores irrisórios ao método de HIDROTUBAÇÃO, tornando impraticável seu uso em consultório, prejudicado também pelo ínfimo número de Faculdades de Medicinas que ensinavam o método.
O método da HIDROTUBAÇÃO, consiste na aplicação por via vaginal, semelhante ao exame de histerossalpingografia, de medicamentos que irão atuar no útero e nas trompas. 
Não conseguimos sucesso em todas as pacientes com este método, observando em 2/3 das pacientes a desobstrução de pelo menos uma das trompas, pois a cura vai depender do tipo de obstrução existente nas trompas. Do grupo de pacientes com as trompas desobstruídas, a metade consegue engravidar, no período de dois meses á dois anos após o tratamento, desde que bem investigado, e tratado o FATOR MASCULINO. Abaixo a transcrição de exame espermograma decente e de qualidade, diagnosticando doença OCULTA no marido:
...“Nesta amostra havia excessiva autoaglutinação dos espermatozoides, o que também sugere infecção por Ureaplasmas e/ou Mycoplasmas.
O teste “molecular” (PCR) detectou DNA de Ureaplasma urealyticum, e o cultivo em condições especiais permitiu avaliar “in vitro” a sensibilidade da bactéria aos principais medicamentos utilizáveis. Por oportuno informo que infecções por esta bactéria geralmente cursam por muitos anos (por vezes mais que decênio), com poucos sintomas, e são de dificílimo diagnóstico, possível apenas por cultura específica (se não der falso negativo permite avaliar in vitro a eficácia dos principais medicamentos utilizáveis) e/ou métodos moleculares como PCR (que tem altíssima eficácia diagnóstica, mas não permite o teste de sensibilidade a medicamentos). Informo ainda que são transmissíveis por via sexual, embora também por outras vias. E que na mulher o diagnóstico bacteriológico envolveria colher material em ambas as trompas, o que é muito invasivo; por isto geralmente o Casal é tratado em conjunto.). O germe que causa a obstrução das trompas, pode estar ativo e escondido no organismo do homem, necessitando exame sofisticado e realizado por profissional qualificado para o seu diagnóstico.

A obstrução das trompas pode ser  dividida em três tipos de lesões, pelo estudo histopatológico (microscópio), dessa maneira:

Aderência fugaz – aderência que impede a gravidez, pois obstrui as trompas, mas não lesa o epitélio interno das trompas (não destrói os cílios), e se desfaz com a pressão do contraste utilizado no exame de histerossalpingografia. Isto explica os casos de gestações que acontecem nos meses seguintes, logo após os exames de histerossalpingografias ditos “normais".

Aderência frouxa – aderência que não se desfaz com a ação mecânica da pressão exercida no exame de histerossalpingografia. As trompas aparecerão obstruídas na histerossalpingografia, observando "prova de Cotte negativa" no resultado do exame, mas que podem ser revertidas com o uso da enzima e da cortisona, contidas na hidrotubação. Nestes casos, o tecido inflamatório é frouxo permitindo a ação dos medicamentos. Já pode haver dano do epitélio no interior das trompas, com comprometimento dos cílios internos, que podem se regenerar, desde que utilizada a cortisona para retardar a reparação, dando chance para a regeneração dos cílios.


Aderência firme ou densa – aderência como sequela de processo inflamatório, mas que gerou tecido de reparação denso, rico em fibrina e tecido conjuntivo denso, IRREVERSIVEL, não sendo suscetível a ação da enzima ou da cortisona.

O diagnóstico do tipo de aderência exige a retirada do órgão para exame histopatológico, ou seja, mutilando, e impossibilitando o tratamento depois. Dessa maneira, o tratamento com a HIDROTUBAÇÃO deve ser instituído nos casos de trompas obstruídas, independente do tipo de aderência, ficando os casos de insucessos caracterizados como aderências firmes ou densas, lembrando que o método não desobstrui qualquer caso, se observando em 2/3 das pacientes, a desobstrução de pelo menos uma das trompas. Os casos de insucesso com a HIDROTUBAÇÅO, são encaminhados para  a FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV), como última saída. E creio que a FIV deveria ser sempre a última opção, o que vem acontecendo ao inverso: pacientes que já tentaram a FIV sem sucesso, e depois recorreram a Hidrotubação, conseguindo engravidar (ver depoimentos na rede).

Não existem relatos de alergias aos medicamentos usados na hidrotubação. A contra-indicação principal para a hidrotubação é o sangramento vaginal, mesmo que pequeno ou em “borra de café”, nos dois dias que antecedem a aplicação. É importante que as aplicações sejam feitas em sequência, uma vez por semana, de preferência entre dois períodos menstruais. 

Na verdade a Hidrotubação era realizada em cinco sessões, coincidindo sempre com períodos menstruais, e prolongando o tratamento. Por um longo período observei que com apenas três sessões, 90% das pacientes desobstruiam as suas trompas, e assim viemos procedendo, com raros casos necessitando mais do que três sessões, conseguindo "encaixar" o tratamento entre dois períodos menstruais, e abreviando o tratamento. Não se deve utilizar os medicamento num intervalo inferior a sete dias, pois as drogas utiiizadas são potentes e de ação lenta, e não podem se acumular no organismo. Escuto relatos de pacientes que se submetem á este tratamento em dias alternados, e me preocupo muito com isso.

Recentemente, a APSEN, o único laboratório que produzia a enzima hialuronidase no Brasil, parou de produzir o produto (HIALOZIMA).
A repercussão direta se dá no tratamento dos pacientes através das cirurgias oftalmológicas, onde a HIALOZIMA era largamente utilizada, e também na HIDROTUBAÇÅO. Fato este que só vem aumentar os custos no tratamento, já que agora, temos que importar a medicação.


                                           Dr. André Vaz
                                                             CRM 52 48897-1



   Rua da Conceição, 188 – sala 804 
Niterói Shopping – Centro – Niterói - RJ
                     
TELEFONE CENTRAL: (21) 2603-8679 e celulares:

                                         VIVO   (21) 99680-0374 
                             Oi     (21) 98878-5136
                          CLARO (21) 96803-4913
                            TIM   (21) 98012-2779                                                    
e mail: drandrevaz@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI O SEU COMENTARIO