Milhões de receitas e centenas de
perguntas sobre o uso do calcio e vitamina D para tratamento da osteopenia e
osteoporose. A indústria farmacêutica logo tratou de providenciar medicamentos
“específicos” para este fim, ao ponto das pacientes acreditarem serem
indispensáveis em seu dia a dia.
Aqui vale uma explicação fisiológica
e importante. O cálcio só se fixa ao osso através de estímulo hormonal
anabolizante, desempenhado pelos hormônios sexuais, seja ele a testosterona
para o homem ou o estradiol para a mulher. Com essa explicação já se pode
entender porque a mulher é mais suscetível a perda da massa óssea, já que seus
hormônios declinam durante o climatério, bem antes que os masculinos, se observando grande incidência
de fratura do colo do fêmur em mulheres pós-menopausa. O calcio e a vitamina D
são indispensáveis no corpo de qualquer ser humano, homem ou mulher, pois são
responsáveis pelas estruturas fortes do corpo, como ossos e dentes.
Logo podemos concluir juntos que com
a falta do hormônio o cálcio não fixa ao osso, sendo este eliminado também pela urina
da paciente, e podendo aqui trazer transtornos para o trato urinário, como
formação de cálculos. Ou seja, faltou o hormônio, pouco adianta o cálcio com a
vitamina D. O que significa tudo isto? Você pode estar tomando a droga á toa. Sem
esquecer que nós brasileiros somos a maior população de mamíferos da raça
humana, ingerindo grande quantidade de leite e seus derivados, sem esquecer
também de que a vitamina D só consegue se tornar ativa na presença da luz
solar, coisa que transborda aqui em todo o hemisfério sul.
Se é assim, como então combater este mal da
idade???
O organismo segue a lei do uso e
desuso.
Andamos com os pés descaços, logo
aparece a pele grossa; andamos somente calçados, e logo aparece a pele fina.
Fazemos musculação e os músculos crescem, regredindo de tamanho quando em
desuso.
Sendo assim aqui fica a receita: impacto sobre o esqueleto faz os ossos
se enrijecerem. Isto mesmo, CAMINHANDO, CORRENDO, PULANDO.
Não serve pedalar, hidroginástica, pilates, ou musculação. TEM QUE TER
IMPACTO, mesmo que suave, como o da caminhada. Mas tem que ser com
regularidade. A disciplina previne, a ignorância atrai a doença.
Infelizmente a indústria médica
farmacêutica não gosta deste tipo de divulgação, mas como médico, e acima de
tudo, um eterno estudioso, tenho a obrigação de fazer este alerta, não só para
as minhas pacientes, mas para a população em geral. Infelizmente muitos colegas
levados pela propaganda laboratorial, por vezes baseadas em estudos
randomizados mas viciados e manipulados, permitem este avalanche no consumo de
medicamentos, o que na verdade só enchem o bolso dos laboratórios
farmacêuticos.
O médico deve estimular a dieta, o
exercício, a disciplina e harmonia, com o trato do corpo, da mente, e da alma.
O “modismo” na medicina só é
possível pela falta de estudos mais aprofundados pelos médicos, envolvidos em
sua rotina da clinica diária.
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