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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

INFERTILIDADE POR TROMPAS DOENTES: já investigou as suas???

 INFERTILIDADE POR TROMPAS DOENTES:

Já investigou as suas???

INFORMAÇÕES SOBRE A HIDROTUBAÇÃO



A infertilidade de causa tubária é responsável pela maioria dos casos de infertilidade, e pode ser a raiz de muitos casos com diagnóstico indefinido. A "doença das trompas" é responsável pela maioria desses casos. Muitas pacientes com diagnóstico de Ovários Policísticos, e que iniciam o seu tratamento com clomid ou similar, podem estar perdendo o seu precioso tempo e seus preciosos óvulos, se não investigarem se suas trompas se encontram sadias. Na verdade, o tripé da investigação de infertilidade deve se iniciar sempre com a pesquisa da ovulação, dos espermatozóides, e exame para investigar a permeabilidade tubária. Um médico não consegue avaliar as condições das trompas somente através de uma ultrassonografia transvaginal, ou exame interno. O diagnóstico de doença nas trompas é feito através do exame radiográfico chamado de HISTEROSSALPINGOGRAFIA (nem sempre obstruídas, mas com laudos relatando trompas fixas, enoveladas, com espessamento do relevo mucoso, etc).
As trompas são estruturas tubulares que partem do útero em direção aos ovários, e se alargam em suas extremidades formando uma região chamada ampola, e é lá que o espermatozóide fertiliza o óvulo, formando o ovo, futuro embrião. 

Na extremidade de cada ampola, existem estruturas que mais parecem com uma mãozinha, e que são responsáveis por pegar o óvulo no momento certo da ovulação, chamadas fímbrias.

                                  as fímbrias




        o ovo sendo conduzido pelos cílios dentro da trompa


A trompa não funciona somente como um tubo onde o ovo deslizará do ovário até o útero. O interior da trompa é todo recoberto por uma camada de cílios microscópicos que batem em direção ao útero, ditando o ritmo em que o ovo deve caminhar até o útero.

                            cílios dentro da trompa

Se o ovo for depressa demais, pode gerar um aborto, e se for devagar demais, uma gravidez na trompa. Geralmente os quadros inflamatórios nas trompas destroem esses cílios. Por isto que no passado não adiantaram as tentativas de desentupir as trompas com ar sob pressão, e também não houve sucesso quando tentada a desobstrução com soro fisiológico e antibiótico sob pressão. O que acontece é que o tratamento tem que ser com remédios específicos,  uma ação QUÍMICA, e não através de força, uma ação MECÂNICA.
A Hidrotubação é um método de tratamento ginecológico para os casos de alterações no interior das trompas. A Hidrotubação veio substituir um método antigo, doloroso e arriscado, chamado PERSUFLAÇÃO TUBÁRIA, que consistia na insuflação das trompas com gás carbônico, injetando pressão através do útero, o que causava acidentes graves com ruptura das trompas e hemorragia interna!
Com a descoberta das PENICILINAS nos anos 40, houve uma “chuva” de indicações para o uso do novo remédio milagroso, que salvou muitas vidas, mas injetado no útero pouco acrescentou no tratamento das obstruções tubárias.
Hoje com medicamentos mais modernos e potentes observamos o espaço importante que a HIDROTUBAÇÃO ocupa no tratamento da infertilidade de causa tubária.
O método caiu em desuso nos anos 90, com a chegada da Fertilização “in vitro” (FIV), prometendo milagres que hoje sabemos serem inferiores a 20% de gestações viáveis. Neste período os planos de saúde pagavam valores irrisórios ao método de HIDROTUBAÇÃO, tornando impraticável seu uso em consultório, prejudicado também pelo ínfimo número de Faculdades de Medicinas que ensinavam o método. Hoje, 20 anos depois, tratamento somente particular, e ensino do método nas faculdades de medicina, nem pensar.
O método da HIDROTUBAÇÃO, consiste na aplicação por via vaginal, semelhante ao exame de histerossalpingografia, de medicamentos que irão atuar no útero e nas trompas. Não conseguimos sucesso em todas as pacientes com este método, pois a cura vai depender do tipo de comprometimento existente nas trompas. Existem quatro situações e são divididas assim:

1) Aderência fugaz – aderência (obstrução) que impede a gravidez, mas a inflamação não lesou o epitélio interno das trompas, ou seja, os cílios não foram destruídos, e a obstrução se desfaz com a pressão do contraste utilizado no exame de histerossalpingografia. Isto explica os casos de gestações que acontecem nos meses logo após os exames de histerossalpingografias ditos “normais”. Mais um motivo para que se peça a HISTEROSSALPINGOGRAFIA na investigação dos casos de infertilidade.

2) Aderência frouxa – aderência que não se desfaz com a ação mecânica da pressão exercida no exame de histerossalpingografia, mas pode ser revertida com o uso da enzima e da cortisona contida na hidrotubação. Nestes casos, o tecido inflamatório é frouxo permitindo a ação da enzima e da cortisona. Já existe dano do epitélio no interior das trompas com comprometimento dos cílios, que podem se regenerar, pois a cortisona regride o processo inflamatório retardando a reparação, reduz a produção de anticorpos no local, permitindo a ação das  células de regeneração da membrana basal, dando chance a regeneração dos cílios.


                                    exemplo de aderência frouxa

3) Aderência firme ou densa – aderência como sequela de processo inflamatório que gerou tecido de reparação denso, rico em fibrina e tecido conjuntivo denso, não sendo suscetível a ação da enzima ou da cortisona.

O diagnóstico do tipo de aderência exige a retirada do órgão (da trompa) para exame histopatológico. Mas se retirar a trompa, impossibilita a tentativa de tratamento. Dessa maneira, o tratamento com a HIDROTUBAÇÃO deve ser sempre instituído, ficando os casos de insucessos caracterizados como aderências firmes ou densas.   Nesses casos indicamos a FERTILIZAÇÃO IN VITRO como única saída.
4) As trompas que ainda não foram obstruídas: esses casos têm excelente resposta ao método, com maiores chances de gravidez após o tratamento do casal.

Não existem relatos de alergias aos medicamentos usados na hidrotubação. A contra-indicação principal para a hidrotubação é o sangramento vaginal, nos dois dias que antecedem a aplicação. É importante que as aplicações sejam feitas em sequência e semanais, de preferência entre dois períodos menstruais. É contra-indicado um intervalo inferior a sete dias pois as drogas utilizadas são potentes e de ação lenta, e não podem se acumular no organismo.
Não existe risco de uma nova infecção das trompas com o uso do método, visto que utilizamos também um antibiótico potente contra germes da pelve junto com a medicação, além dos cuidados de assepsia e antissepsia exigidos nestes tipos de procedimentos. A Hidrotubação é um método simples, efetivo, seguro, não invasivo, e barato, principalmente quando comparada com a Fertilização in vitro(FIV). 
Não é 100%, mas tem proporcionado a realização de um sonho para muitos casais. Esse procedimento deve ser recomendado a todas as pacientes com diagnóstico de Trompas Obstruídas e infertilidade.

                    Infecção, infecção, infecção


Não engravida: infecção no casal?
Doença nas trompas: infecção no casal?
Gravidez  na trompa: infecção no casal?
Abortamento no primeiro trimestre: infecção no casal?
Baixa de espermatozóides: infecção no casal?
Prostatite assintomática: infecção no casal?

Estes são os vários casos que encontro em meu consultório, e resulta sempre numa mesma pergunta: existe infecção no casal?
Atualmente, e não me cansarei de alertar, o único exame fiel para este diagnóstico é a ESPERMOCULTURA POR PCR COM VISTAS PARA NEISSERIAS, CHLAMYDIAS, UREAPLASMAS, MYCOPLASMAS, E TRICHOMONAS. Com a Pandemia do corona vírus o exame de PCR ficou popular.
Só conheço um profissional realizando espermocultura por PCR de qualidade no Brasil, lembrando que não é um exame novo, preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde 2006 !
Tratar ovários policísticos, hipotireoidismo, hipoestrogenismo, fase lútea curta, etc, sem pesquisar infecção no casal através da espermocultura por PCR e a permeabilidade e saúde das trompas através da Histerossalpingografia, pode ser perda de tempo precioso para o casal.
Tratar o abortamento do primeiro trimestre apenas como ovopatia (doença do embrião malformado), nos dias de hoje, é “comer mosca”.
A liberdade sexual e a banalização do contato sexual sem proteção, como uma coisa corriqueira e de prazer momentâneo, trouxe uma série de consequências para a fertilidade humana. No meu ver existe um problema de saúde pública com relação as doenças sexualmente transmissíveis. "Saudade da gonorréia", como o Professor Altamiro Vianna iniciava as aulas sobre DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP), doença rica em sintomas, que levava rapidamente o casal ao médico, permitindo o tratamento e a cura do casal.
Hoje em dia, na maioria das vezes causadas por mycoplasmas ou ureaplasmas, a infecção é assintomática, e desastrosa com o passar dos anos no organismo humano do casal. Como explicamos, estes germes podem permanecer no organismo humano por mais de 20 anos, sem sintomas. O contágio é sexual, e pode ser adquirido na adolescência e descoberto na vida adulta. O tratamento se faz por antibióticos orais, por período de 21 a 28 dias de uso para o casal. Com este tratamento as lesões no homem regridem de 120 á 180 dias. Na mulher, a coisa é diferente.
As lesões provocadas no interior das trompas, leia destruição dos cílios internos, pode se regenerar, desde que tratada com enzimas e hormônio antinflamatório através da Hidrotubação, estímulo que permite a regeneração do epitélio ciliar, desde que ainda exista a membrana basal. As imagens de espessamento do relevo mucoso vistos na Histerossalpingografia são sinais de alteração deste epitélio, mas não servem de parâmetro para a cura.
Com o método de Hidrotubação observamos 2/3 das pacientes desobstruindo pelo menos uma das trompas, e das tratadas, 1/3 engravidando no período de 2 meses a 02 anos, valendo lembrar que são dados estatísticos, e não foram apurados num grupo de trinta pessoas do whattsapp!
Fica aqui o alerta, e o depoimento de um profissional do ramo há 33 anos.

dúvidas: trompalegal@gmail.com

                                       Hydrotubation is simple, effective, safe, non invasive, and cheap. This procedure should be recomended in all patients  with diagnosis of blocked fallopian tubes and infertility .                                                                           
                                                                                         Dr. André Vaz
                                                                                                          08/07/2017

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